CONVIVER PARA BEM VIVER NO SEMIÁRIDO

A HISTÓRIA DE CONVIVER PARA BEM VIVER NO SEMIÁRIDO

Por muitos anos o povo do Semiárido sofreu com a seca, fenômeno natural recorrente nessa região. Algumas ficaram marcadas na história, como a seca do quinze e a seca de 1932.

Até a década de 90 do século passado, o Semiárido carregou o estigma da seca, com a imagem do chão rachado e do sertanejo sofredor.

Muitas foram as ações governamentais, equivocadas de combate à seca, que não deram conta de garantir os direitos dos povos do Semiárido nem resolver a problemática que gira em torno das estiagens prolongadas.

Foi a partir das lutas dos movimentos sociais que essa história começou a mudar, a ideia de conviver se sobrepondo ao “combater”.

Com a criação da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) no ano de 1999, as experiências de convivência com o Semiárido foram evidenciadas, fortalecidas e disseminadas pela região através das milhares de entidades que formam a ASA.

Com a criação dos programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), a vida de milhares de sertanejos passou a mudar através das tecnologias sociais de convivência com o Semiárido.

As ações da ASA garantem direitos fundamentais, que historicamente foram negados aos povos do Semiárido. A cisterna de placas é um símbolo de resistência, de convivência, saúde, segurança alimentar, informação, liberdade e muito mais diretos que giram no entorno das cisternas de placas.

O Semiárido está passando pela maior seca dos últimos 50 anos, os grandes açudes secaram e a transposição tão falada não chegou. A cisterna é o que tem garantido o acesso à água para consumo humano e produção no Semiárido.

TÃO PRECIOSA QUANTO A ÁGUA É A CISTERNA QUE ARMAZENA A ÁGUA



Na perspectiva da convivência com o Semiárido, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CDDH-AC) desenvolve projetos em parceria com a ASA. 

Atualmente está executando um projeto através do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), para implementação de tecnologias sociais nos municípios de Acopiara e Piquet Carneiro, que irá beneficiar com tecnologias de segunda água - Cisterna Calçadão e Cisterna de Enxurrada – 170 famílias dos municípios de Acopiara e Piquete Carneiro.

As famílias beneficiadas participam de palestras, cursos e intercâmbios no sentido de capacitar para o manejo e  implantação de quintais produtivos.

Dessa forma o CDDH-AC vem garantindo um direito humano fundamental, o acesso à água para consumo humano e para produção. Suas ações têm mudado a vida de centenas de famílias, com água de qualidade para beber e quintais produtivos que geram renda e segurança alimentar.

Postar um comentário

0 Comentários