Lançamento da Coletânea de Cordéis Sertão, História e Poesia


O cordelista Antônio Francisco de Lima lançará o seu primeiro livro, que traz a coletânea dos cordéis de sua autoria. O evento acontecerá no dia 20 de abril, no município de Pedra Branca (CE).





O POETA QUE NASCE DA TERRA

O sertão com suas paisagens e culturas, é fonte de inspiração para quem aprendeu com a vida a ser poeta e militante de causas sociais no Semiárido.
 A natureza do sertão despertou o encantamento da criança que viu a luz brilhar no alto da Serra do Galo, Pedra Branca-CE, a luz que norteou o sentimento do poeta que brotou dos encantos e desencantos do sertão.

Atento e observador, o poeta Antônio Francisco de Lima, aprendeu a ler e escrever muito cedo, o que favoreceu o seu primeiro contato com a poesia de cordel, através de sua avó que comprava os folhetos e os guardavam em uma lata. Leu, decorou e declamou muitos cordéis da lata, atendendo aos pedidos do pai que era admirador da poesia rimada.

A destreza para a escrita e leitura o levou a ser procurado por pessoas da região para escrever cartas a parentes distantes, fato que o motivou a adentrar no universo poético com cartas de variados temas.

A caminhada do poeta foi além do sertão. No Sul teve contato com outras culturas, mas o vínculo com sua terra o trouxe de volta ao sítio Serrote, na serra de Pedra Branca (CE), onde reside até hoje.

A militância foi iniciada na igreja, as leituras nas celebrações e a participação em movimentos sindicais, levaram-no à luta contra as injustiças e melhores condições de vida para os povos do Semiárido.

O contraste do sertão é evidente na poesia e na história de vida. A alegria e o sofrimento alternando de tempo em tempo, no vai e vem das chuvas que é a alegria e a seca que traz a tristeza e o sofrimento aos sertanejos.

Assim o sertão forjou o poeta, na vivência com os detentores dos fazeres e saberes tradicionais, nas conversas de terreiro em noites de lua cheia, nas experiências de vida dos que muito já viveram e contaram suas histórias.

O poeta é vivo, como vivo é o sertão inteiro

Por: Fram Paulo 
Comunicador Popular CDDH-AC / ASA

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