“Nossos direitos vêm,
nossos direitos vêm!
se não vierem nossos direitos,
Iguatu perde também!”
Manifestação pelo direito à moradia em Iguatu
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Pe. Anastácio de Oliveira na manifestação pelo direito à
moradia em Iguatu
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O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CDDH-AC) vem acompanhando a luta de milhares de famílias que estão acampadas em terrenos na periferia da cidade, morando em barracos, vivendo em condições desumanas. Presta assessoria jurídica, acompanha as manifestações e audiências públicas, no sentido de reforçar a luta e pressionar as autoridades a atenderem às demandas das famílias por moradia. Esse trabalho é realizado em parceria com a Comissão Diocesana Para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz de Iguatu.
O problema
Acampamento Filadélfia – Iguatu (CE)
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Sem condições de pagarem aluguel, mais de mil famílias ocuparam terrenos
públicos e estão vivendo em barracos, um sofrimento que se estende há meses,
sem que os governos deem a devida atenção. São 6 (seis) acampamentos nas periferias da cidade.
Acampamento Filadélfia – Iguatu (CE)
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Nos acampamentos falta tudo, é um conjunto de violação de direitos, que
afeta a dignidade do ser humano, que interfere de forma negativa no futuro de
crianças e precariza as condições de vida de idosos.
A família de Dona Maria de Jesus morava em um quarto, mas foram
despejados, pois não tinham condições de continuar pagando o aluguel. Mesmo com
problemas de saúde, foi obriga a armar um barraco no acampamento Filadélfia e
somar forças na luta pelo direito à moradia. “Nós tem o nosso direito, todo
mundo tem o direito a um canto pra morar e nós num tem não? Aqui o sofrimento
de um é o de todos. Aí, de noite todo mundo tá no seu canto bem confortável e
nós aqui dentro da lama, será que é justo isso?” Enfatiza Dona Maria.
Luta e esperança
CDDH-AC na manifestação pelo direito à moradia em Iguatu
(CE)
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Marcão acredita que vai conquistar o tão sonhado lar, dizendo que “a
esperança é a última que morre. A gente só tem a esperança e a fé em Deus, porque
confiar nos políticos é difícil. Porque se eles quisessem fazer já tinham feito”.
Dona Maria também aguarda a solução do problema por parte dos gestores públicos
valendo-se da fé em Deus.
“Moradia digna é direito de todos
e todas, por isso o povo vai pra rua e não sai da rua enquanto não conquistar
os seus diretos”, exclama Pe. Anastácio, que segue firme na luta pela garantia
do direito à moradia, na certeza que a mobilização, a reivindicação, a união do
povo e o trabalho das organizações da sociedade civil, é um caminho para a
justiça social e garantia de direitos.
O Centro de Defesa firma o compromisso de continuar lutando pelo direito
humano à moradia digna, por entender que é um dever e uma missão que remete ao ideal do seu fundador Pe. Albino Donat.
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Para saber mais, assista aos vídeos:
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Manifestação pelo direito à moradia em Iguatu
Vídeo Documentário - Resultado da Oficina de audiovisual
promovida pelo Ponto de Cultura Ciranda das Artes, com Fram Paulo, comunicador
popular do CDDH-AC.
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