A família do agricultor Edmilson Alves da Silva,
construiu o
biodigestor em parceria com o CDDH
Antônio Conselheiro
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Para conviver e bem viver de
forma digna no Semiárido é necessário a garantia de muitos direitos: água para
beber e produzir, da mesma forma terra para viver e produzir, é preciso
sementes para plantar e garantir a soberania alimentar, educação
contextualizada e no campo, mas também é
preciso energia, principalmente para cozinhar os alimentos.
No sentido de ampliar as ações de
convivência com o Semiárido, o Centro de Defesa implementou uma unidade
demonstrativa de produção de biogás na comunidade de Carnaúba dos Marianos em
Senador Pompeu-CE.
Trata-se de um biodigestor, uma
tecnologia alternativa sustentável que favorece a geração de energia renovável,
contribuindo assim para a convivência com o Semiárido.
O biodigestor acelera o processo
de decomposição da matéria orgânica, na ausência de oxigênio, ou seja, de forma
anaeróbica. Gera o gás metano, que é um gás de efeito estufa, mais prejudicial
que o gás carbônico.
A tecnologia foi construída com a
colaboração da família que entrou com a mão de obra, e o Centro de Defesa com
os materiais e a assistência técnica.
O biodigestor é uma fonte de energia renovável. |
O agricultor Edmilson Alves da
Silva, diz que sempre teve vontade de construir um biodigestor, mas não tinha o
conhecimento técnico e as condições financeiras, mas através da parceria com o
Centro de Defesa foi possível conquistar a tecnologia “que vai ajudar a família
na economia, na saúde e na preservação do meio ambiente”, afirma o agricultor.
Segundo o assessor técnico do
Centro de Defesa Alex Bezerra, que acompanhou o processo de construção do
biodigestor, a matéria orgânica utilizada são os dejetos dos bovinos que a família
do Seu Edimilson cria na propriedade. O que sobra é uma calda biofertilizante,
o chorume que será utilizado no controle de pragas e os resíduos sólidos serão utilizados
na adubação da terra para obtenção de melhores resultados em quintais
produtivos. Alex destaca que “o biodigestor diminui o impacto ambiental causado
pelo desmatamento para a obtenção de lenha, impacta também a na questão da
saúde, pois é o fim da fumaça e fuligem. Outro ponto importante é o financeiro,
pois segundo estudos, o biodigestor produz o equivalente a 2 botijões de gás por
mês”, afirma.
O equipamento que servirá à
família do Seu Edmilson, será usado como unidade demonstrativa do Centro de
Defesa, com o propósito de apresentar a outras famílias da região e estimular a
implementação de outras unidades.
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