Evento de lançamento do Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2), um importante acontecimento para a população do Semiárido.

Fram Paulo - Comunicador Popular da ASA

Areia Branca-RN

23/07/2013 O dia 23 de julho de 2013 foi marcante para a comunidade Canto do Amaro, zona rural do município de Areia Branca, Rio Grande do Norte. Foi um importante acontecimento para a população do semiárido, o lançamento  do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), parte do Programa de Formação e Mobilização Social para a convivência com o Semiárido, desenvolvido pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), com o patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania. O evento teve início com apresentações culturais e uma feira de saberes e sabores. Estiveram presentes, agricultores e agricultoras de vários municípios do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco. Contou ainda com a presença do representante da Petrobras, José Miranda Formigli; do coordenador nacional da ASA, Naidison de Quintella Baptista; do Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN), Arnoldo de Campos, que falou em nome do Governo Federal. Com o programa serão implantados mais de 20 mil pontos de Tecnologias de capitação de água para produção no campo. Beneficiando diretamente 100 mil pessoas de 210 municípios do semiárido brasileiro. Para o representante da Petrobras, José Miranda, será um privilégio para as 20 mil famílias que serão atendidas pelo programa, mas destaca que “este privilégio deve acabar, que todos os habitantes do semiárido tenham condições de ter sua agricultura sustentável e poder vencer o ciclo das secas”, enfatizou ainda que estes investimentos da Petrobras no semiárido, vão continuar. Naidison de Quintella, coordenador da ASA pela Bahia, falou em nome da ASA, destacou a simbologia das tecnologias sociais para as famílias do semiárido, uma vez que garantem o armazenamento da água para ser usada quando necessário. Enfatizou o protagonismo, a criatividade e inteligência das agricultoras e agricultores do semiárido, da importância das tecnologias sociais como um instrumento de transformação, pois surgem das necessidades de convivência. “Os agricultores e agricultoras são capazes e encontram soluções para seus problemas. O que acontece muitas vezes é que essas soluções são abafadas. Mas com a nossa proposta, estas soluções aparecem. Por isso os agricultores e agricultoras são sujeitos dos seus caminhos, são eles que fazem, não somos nós que fazemos e damos de presente, são eles os sujeitos da sua história”. O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro, participou do evento através de seus diretores e técnicos, é uma das unidades gestoras do programa na microrregião Centro Sul, que beneficiará 279 famílias, nos municípios de Piquet Carneiro, Mombaça e Pedra Branca. Visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes destes municípios  através das tecnologias socais de armazenamento d’água para a produção de alimentos orgânicos e consumo animal. Cisterna, só se for de placa Vale ressaltar a importância da cisterna de placa, que visa o armazenamento da água para o consumo humano. Por ser uma tecnologia social, onde as famílias se apropriam do conhecimento e gestão durante o processo de construção, além de favorecer a economia dos municípios onde o Programa é implantado. Ao contrário da cisterna de plástico, que favorece empresas de grande porte, não é adequada para o fim que se propõe, sendo mais onerosa que a cisterna de placa, e impossibilita a participação das famílias no processo de contração. Há uma série de pontos negativos que devem ser avaliados e observados pelo Governo, para compreender que cisterna de plástico não é viável para o semiárido.

Veja vídeo do evento: