HISTÓRICO CDDH-AC

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CDDH-AC) foi fundado no ano de 1983. O marco inicial das atividades foi a luta em defesa das servidoras e servidores públicos da região. Outro momento marcante foi a luta pelos direitos das famílias atingidas pela construção da barragem do Patu.

Com a retomada das obras no início da década de 80 do século passado, o DNOCS desapropriou terras ao longo do curso do rio Patu, que seriam cobertas pelas águas, recusando-se a pagar as devidas indenizações pelas benfeitorias.

Foi então que o Pe. Albino Donatt em visitas religiosas pelas comunidades de Carnaúba, Patu e Timbaúba, que foram diretamente afetadas pela construção da barragem, tomou conhecimento do fato e passou a mobilizar a comunidade para a busca da garantia dos direitos até então negados.

Padre Albino Donatt reuniu o povo das comunidades, garantiu acessória jurídica, por vezes parou as máquinas, realizando atos públicos, no canteiro de obras, realizou também atos públicos na sede do DNOCS em Fortaleza.

Depois de muita luta, os moradores conquistaram o direito às indenizações, para a construção de novas casas em terras altas, para se estabelecerem e retomarem suas vidas. Tal fato prova que o povo uma vez organizado, participando, atuando em prol do bem comum pode criar instrumentos garantidores dos seus direitos.

O fato foi motivador da criação do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro que até hoje atua na região em defesa dos direitos humanos, criado para dar respaldo jurídico à luta da igreja católica e dos agricultores e agriculturas.

Na segunda década, o marco foi a formação para a cidadania, capacitação de lideranças comunitária e sindicais. Nesta época também foi dado os primeiros passos para a criação do Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido e a Articulação Semiárido Brasileiro – ASA Brasil.

Todas as lutas da primeira e segunda década permanecem e foram fortalecidas ao longo da terceira década de existência do Centro de Defesa, tendo como marco a questão da convivência com o Semiárido através de implantação de tecnologias sociais que permitem a garantia do direito ao acesso à água, produção agroecológica para gerar renda e garantia da soberania alimentar dos povos do Semiárido.

O Centro de Defesa ao longo de sua existência promove e assegura:
Assessoria jurídica;
Formação para a cidadania e direitos humanos;
Luta pela terra para viver e produzir;
Acesso às tecnologias sociais para a convivência com o semiárido;
Apoio à cultura e grupos artísticos;
Apoio à Pastoral carcerário;
Luta contra a violência;
Mobilização sindical e comunitária;
Luta em defesa do meio ambiente e Igualdade de gênero;

O Centro de Defesa integra o Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido, Articulação Semiárido Brasileiro - ASA e o Movimento Nacional dos Direitos Humanos.


A atuação do Centro de Defesa é ampla e diversifica. Lutar pela vida compreende a garantia dos direitos humanos fundamentais em todas as suas instâncias que culmina na luta contra a violência em suas diversas faces.

Postar um comentário

1 Comentários

  1. Pedro Rodrigues Pedrosa20 de outubro de 2016 às 19:36

    #"Prezados Senhores
    Diretores do CDDH-AC
    Parabenizando V. Sas. pelas excelentes atividades do CDDH, aproveito a oportunidade para encaminhar-vos uma pequena sugestão sobre os 2 (dois)
    itens seguintes: "3º Luta pela terra para viver e produzir; e 4º Acesso às tecnologias sociais para a convivência com o semiárido." SUGESTÃO: "A luta pela terra exige a utilização das tecnologias de manutenção dos recursos hídricos, evitando a seca através de dragagem, no verão, dos assoreamentos
    dos leitos dos rios, açudes, lagos e lagoas - para armazenar no inverno os volumes máximos de água para resistir a evaporação do verão, sem prejudicar
    o consumo e a irrigação da agricultura !!!"# - Salvo melhor juízo !!!
    Respeitosas Saudações !!!
    Pedro Rodrigues Pedrosa
    prdipedrosa@gmail.com

    ResponderExcluir